Durante um Congresso de Jornalistas foi aprovada, por unanimidade, uma greve geral, estando o Sindicato dos Jornalistas mandatado para definir a data da paralisação.

A moção refere que "a gravidade das condições de exercício do jornalismo em Portugal" e a situação de precariedade, com baixos salários, longos turnos, pressão e por vezes até agressão, leva a que seja necessário alertar a sociedade e os poderes instalados para a necessidade da profissão numa democracia.

"O momento é aqui e agora. Temos de parar. Simplesmente parar. Exigir que finalmente nos ouçam. Deixar de dar notícias, de fazer diretos, abandonar as redações, as conferências de imprensa e as ações de campanha. Não metemos jornais nas bancas, não damos notícias nas rádios, não transmitimos o telejornal, não publicamos nas redes sociais. Mostremos o quão necessário é o nosso trabalho. Caminhemos juntos sem deixar ninguém para trás", diz o texto.

Segundo Pedro Coelho, presidente do Congresso, citado num comunicado da Agência Lusa, a última greve geral de jornalistas aconteceu em 1982.