Faleceu, a 2 de dezembro, António Brás Monteiro.
Com 97 Primaveras passadas, António Brás Monteiro ficou conhecido como o “Patriarca da Impressão”, estando ligado ao surgimento de diversas empresas na área dos media e da indústria gráfica.
Nascido a 19 de agosto de 1926, em Pinhel, António Brás Monteiro, licenciado em Direito, iniciou a sua vida profissional a exercer a atividade em entidades como a Caixa de Previdência da Indústria Cerâmica e a Federação dos Sindicatos da Indústria Cerâmica, entre outras.
Em 1956 integra a Bertrand & Irmãos, da qual se tornou sócio. Em 1968 cedeu a sua posição a um grupo brasileiro e fundou a Gráfica Brás Monteiro. Foi também Administrador-Delegado da empresa gráfica, livreira e distribuidora Livraria Bertrand.
Em 1973 fundou a Lisgráfica, em conjunto com António Pedro Ruella Ramos, figura incontornável dos media, proprietário do “Diário de Lisboa”, um dos fundadores do jornal Expresso e sócio no grupo Impresa. Brás Monteiro foi presidente do Conselho de Administração da Lisgráfica por quatro décadas.
Foi também fundador, acionista e administrador de empresas como a Gestprint - Sociedade Gestora De Participações Sociais; a Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte; a Grafimadeira - Empresa de Artes Gráficas da Madeira; a Grafilis - Reprodução e Artes Gráficas; a Guião - Divulgação Promocional de Indústria e Comércio; a Videodata - Desenvolvimento de Bases de Dados e algumas rádios. O empresário foi ainda proprietário de vários títulos de jornais e revistas, como o “Comércio do Porto”.
Jorge Sampaio, à altura Presidente da República, agraciou-o com o título de Comendador pela Ordem Honorífica de Mérito Civil e Empresarial – Classe do Mérito Industrial. Ao longo da sua vida recebeu diversas distinções e prémios, tendo desempenhado também o papel de Conselheiro na Fundação Mário Soares.
António Brás Monteiro foi pai de onze filhos e avô de mais de quarenta netos. A revista doPAPEL endereça condolências à família e colaboradores.