O novo estudo Print Security Landscape 2025, realizado pela Quocirca, revela um aumento significativo dos riscos de segurança associados às frotas de impressão multimarcas face às frotas padronizadas de um único fabricante.
De acordo com o relatório, as violações de dados relacionadas com a impressão custam em média £630.000 às empresas com frotas padronizadas, mas esse valor sobe para £937.000 nas organizações com frotas multimarcas. Além disso, estas últimas têm quase o dobro da probabilidade de sofrer interrupções operacionais devido a incidentes de segurança na impressão.
Mais de um terço dos decisores de TI com frotas mistas mostram-se preocupados com a impressão de documentos sensíveis, contra apenas 19% entre os que operam frotas uniformes. Já 49% dos gestores de TI com frotas multimarcas consideram “muito importante” que os fabricantes implementem mecanismos de defesa contra ameaças baseadas em IA, em comparação com 28% nas frotas de um único fornecedor.
“Estudos anteriores já tinham identificado fragilidades na segurança das frotas multimarcas, mas este ano verificámos que a diferença está a aumentar. A integração de equipamentos antigos com plataformas centralizadas de gestão de segurança é complexa, e a manutenção de atualizações representa um desafio acrescido. As organizações com frotas mistas precisam de alocar mais tempo e orçamento à gestão da segurança e devem considerar soluções especializadas para este tipo de ambiente”, afirma Louella Fernandes, CEO da Quocirca.
Mais de 56% das organizações reportaram pelo menos um incidente de perda de dados relacionado com impressão no último ano. Em resposta, os decisores de TI esperam aumentar o investimento em segurança de impressão em 13% nos próximos 12 meses, valor que sobe para 16% entre empresas com frotas multimarcas.
O estudo mostra ainda uma crescente consciência sobre o papel da inteligência artificial: 41% dos participantes esperam que os fornecedores usem IA e machine learning para detetar e gerir riscos, enquanto 40% temem que a IA venha a ser usada para atacar infraestruturas de impressão.
Dois terços dos decisores afirmam ser “muito relevante” que os fabricantes desenvolvam equipamentos resistentes a ameaças quânticas, planeando adotar essa tecnologia no futuro.
“Os fornecedores estão a responder às elevadas expectativas do mercado, apostando em soluções de segurança baseadas em IA e computação quântica. Nos últimos meses vimos avanços significativos, como impressoras resistentes a ataques quânticos, plataformas com inteligência artificial integrada e soluções de autenticação avançada”, acrescenta Louella Fernandes.
Apesar da disponibilidade de tecnologias de autenticação seguras para novos dispositivos, o estudo revela que a maioria das empresas utiliza um conjunto disperso de métodos. Cerca de 47% recorrem à autenticação via Windows e a palavras-passe ou PINs, enquanto 38% usam biometria, 37% autenticação móvel e apenas 34% cartões de proximidade.
Esta fragmentação aumenta a complexidade e dificulta a aplicação de políticas de acesso consistentes e auditorias eficazes.
“As organizações devem integrar a autenticação de impressão num sistema central de Identity and Access Management (IAM). Uma abordagem unificada melhora a segurança, simplifica a gestão de TI e proporciona uma melhor experiência de utilização. Há aqui uma oportunidade clara para os fornecedores de Managed Print Services (MPS) reforçarem o seu papel como consultores estratégicos de segurança”, recomenda Fernandes.
O relatório Print Security Landscape 2025 inclui uma análise detalhada das soluções de segurança de impressão dos principais OEMs e ISVs, bem como recomendações para compradores e fornecedores.
Entre os fabricantes avaliados estão Brother, Canon, Epson, HP, Katun, Konica Minolta, Lexmark, Ricoh, Sharp, Toshiba e Xerox, enquanto os fornecedores independentes (ISVs) destacados incluem a MPS Monitor e a Symphion.
O estudo baseia-se num inquérito a 400 decisores de TI responsáveis pela infraestrutura de impressão das suas organizações, conduzido entre maio e junho de 2025.