Os trabalhadores da Geração Z (nascidos depois de 1995) especializados nos perfis STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) são cada vez mais procurados pela indústria.
De acordo com dados do relatório The future of work in Europe¸publicado pelo McKinsey Global Institute, nos próximos dez anos deverão surgir mais de 4 milhões de postos de trabalho STEAM na Europa, que serão assumidos pela Geração Z.
«Muitas indústrias enfrentam uma escassez crítica de competências, e as STEM estão já identificadas como uma área chave para impulsionar o fabrico local», assegura Jordi Pelegrí, Country Manager da Universal Robots em Espanha e Portugal. Para Pelegrí, o setor da robótica focaliza-se em atrair talento jovem e isso permite identificar algumas características da atitude da geração Z perante o mercado laboral: «O talento jovem procura uma verdadeira satisfação laboral, e dão-lhe prioridade frente à experiência e estabilidade.»
Os trabalhadores mais jovens procuram o compromisso, a comunicação e um ambiente digitalizado, que lhes permita combinar os compromissos laborais com a vida pessoal. Os jovens trabalhadores veem a tecnologia como uma aliada para melhorar as suas condições de trabalho, e apostam nas fábricas inteligentes e na colaboração entre humanos e robôs, e na aprendizagem automática.
Ao papel fundamental da automatização e das novas tecnologias para atrair o talento jovem, junta-se o espírito colaborativo. «A muitos jovens atrai-os a ideia de trabalhar juntamente com robôs, o que traz uma visão mais colaborativa e menos competitiva ao posto de trabalho», assegura o Country Manager da Universal Robots em Espanha e Portugal.
Isto faz com que a robótica colaborativa se ajuste à visão da nova geração de trabalhadores. Os robôs colaborativos (ou cobots) são fáceis de programar e seguros, e estão idealizados para tomarem conta de tarefas pesadas, repetitivas e aborrecidas. «Também é necessário destacar que os atuais estudantes de engenharia já estão familiarizados com os cobots, já que muitas universidades e centros de formação profissional implementaram a sua aprendizagem prática em aula. Os estudantes esperam encontrar postos de trabalho em empresas automatizadas, onde as tarefas perigrosas, repetitivas e aborrecidas sejam assumidas por robôs», destaca Pelegrí.
A robótica colaborativa também se está a converter numa aliada para empresas com equipas humanas de maior idade. A colaboração entre trabalhadores séniores e robôs permite unir o conhecimento do ofício com a constância e efetividade dos cobots, capazes de se encarregarem das tarefas mais pesadas.
Perante um mercado laboral em mudança, Pelegrí considera que as empresas que não apostem pela automatização poderão ficar para trás. «Na era da automatização é crucial que as empresas utilizem os cobots para aliviar os empregados e desencadear uma maior produtividade, segurança e eficiência enquanto criam um ambiente de trabalho que se adapte às mentes jovens e curiosas da geração Z», conclui.