É a 13 de julho, 25º aniversário do lançamento da primeira edição de Harry Potter, que a leiloeira Christie's, em Londres, fará o leilão de uma coleção completa das primeiras edições de Harry Potter, cada uma assinada ou inscrita por J.K. Rowling, que faz parte do espólio da Livraria Lello.
Uma parte do valor angariado pelos volumes, com um valor estimado entre 116 mil e 174 mil euros, será doado pela administradora da Livraria Lello, Aurora Pedro Pinto, à Fundação Lumos.
A coleção inclui uma primeira edição de capa dura de Harry Potter e a Pedra Filosofal, com erros nas palavras “varinha”, na página 53 e “Filosofal”, na contracapa. O conjunto estará exposto na leiloeira Christie's, em Londres, de 9 a 12 de julho, no âmbito da Christie's Classic Week.
A livraria portuense tem vivido, desde 2015, uma segunda vida, com a entrada da família Pedro Pinto (que detém atualmente a maioria do capital do social) na sua administração, apostando na valorização do livro enquanto objeto de investimento. Em 2022, foi inaugurada a sala Gemma, na Livraria Lello, sala dedicada a livros antigos e primeiras edições.
O leilão pretende, diz a Livraria Lello, chamar a atenção para a importância do livro e para o papel da obra no encorajamento à leitura. Há 25 anos, foram impressas 500 cópias da versão de capa dura de Harry Potter e a Pedra Filosofal, 300 das quais foram distribuídas por bibliotecas.
Uma parte das receitas deste leilão será doada à Lumos, uma instituição internacional de solidariedade, que luta por um futuro em que cada criança é criada num lar seguro, trabalhando para acabar com a institucionalização.
Fundada por J.K. Rowling em 2005 e batizada em homenagem ao feitiço de doação de luz em Harry Potter, a Lumos ilumina as causas profundas da separação familiar – pobreza, conflito e discriminação – e demonstra que as crianças podem viver em segurança com as suas famílias.
A Lumos apoia famílias na Colômbia, no Haiti, na Jordânia, no Panamá, na Moldávia e no Quénia. Nos últimos meses, tem reforçado o seu trabalho na Moldávia para fazer chegar alimentos, medicamentos, artigos de higiene, e material didático a famílias vítimas da crise na Ucrânia.