Crescimento do 3D na medicina
 
No âmbito da 3ª edição do Beyond – Portugal Digital Transformation, a EY Portugal divulgou as EY Future Guidelines para o setor da Indústria, que está em profunda transformação. A EY identificou seis linhas orientadoras que, nos próximos 5 anos, deverão mudar o paradigma da Indústria. Nelas inclui a impressão 3D. 

1. Predictive Engineering
A automatização, robotização, inteligência artificial ,entre outras permitem uma crescente digitalização do mercado, causando,muitas vezes, disrupção nos respetivos modelos de negócios e nas propostas de valor das próprias empresas. Estas forças melhoram a performance das organizações que se tornam mais ágeis, mais centradas no cliente, mais responsivas, mais digitais e transparentes em relação aos stakeholders e ao mercado em geral.
 
Devidamente trabalhados, estes dados contêm informação de elevado potencial e valor acrescentado para as suas organizações, permitindo a alteração do paradigma de gestão. As novas tecnologias permitem a implementação  da gestão por antecipação que prevê tendências de mercado,   quebras de equipamento, modelos de otimização de inventários,  problemas de working capital, cenarização de alternativas de planeamento.
 
2. Human augmentation
 Os materiais e tecnologias, incorporadas nas ferramentas de trabalho irão modificar as actividades laborais A  incorporação de tecnologias de auxilio em dispositivos ‘vestíveis’ (wearables) irá conduzir a um aumento da produtividade humana. Soluções como  exoesqueletos, olhos biónicos (lentes de contacto com visão infravermelha ou ultravioleta, por exemplo), realidade aumentada, projeções holográficas ou mesmo a tradução em real time irão servir como suporte à melhoria da eficácia e eficiência humana.
 
3. Blockchain
A tecnologia Blockchain, quando utilizada, tem um impacto significativo no mercado. Desde permitir novos modelos de negócio a melhorar a performance das organizações, a   tecnologia permite um elevado nível de segurança ao utilizador, através da descentralização do registo e guarda de dados. Pode ser usada para tornar as cadeias de abastecimento mais eficientes e permitir novos modelos de negócio disruptivos, especialmente no que diz respeito à propriedade e ao uso de ativos partilhados. O impacto que se antecipa que esta tecnologia tenha na industria financeira e automóvel será certamente aplicável em outros setores. Por exemplo, o conceito de registo partilhado dos vários passos que um produto segue numa cadeia de abastecimento pode ser feito com recurso à tecnologia blockchain, que poderá dar um caráter inviolável e à prova de falseamento da origem de um produto (por exemplo na industria vitivinícola). As empresas e os seus parceiros têm a possibilidade de trabalhar através de uma base de dados distribuída que guarda um registo de transações permanente e à prova de violação.
 
4. Manufatura aditiva
A impressão em 3D, ou manufatura aditiva,  é uma tecnologia que está disponível desde a década de 1980. Contudo só se tem vindo a popularizar na última década, já que a variada gama de novos produtos de impressão em 3D (I3D) convenceu as empresas de que esta tecnologia poderia favorecê-las competitivamente. As empresas estão cada vez mais cientes de que a amplitude das tecnologias e materiais I3D oferece soluções para vários tipos de indústrias, em todo o mundo. No entanto, muitas são as empresas que não têm conhecimento ou confiança para aplicar este tipo de tecnologia de forma a responder às suas necessidades. Para muitas, essa incerteza limita sua capacidade de quantificar os benefícios da tecnologia e incorporá-la na  sua visão estratégica.
 
5. The gig economy
Os consumidores da “gig economy” poderão  encontrar  oportunidades de trabalho através de "plataformas cognitivas". O consumidor do futuro desenvolverá uma forma completamente nova de carreira, liderada por uma série de experiências de trabalho ecléticas, que serão combinadas para ajudar a responder àsnecessidades pessoais, de desenvolvimento e financeiras. Este tópico terá, no caso da índustria, especial relevo pois irá aumentar a complexidade da gestão de projetos de engenharia industrial, que irão incluir por exemplo equipas muito díspares e funções externalizadas.
 
6. A supercondutividade
Apesar de não estar directamente relacionado com empresas industriais, este fator afeta em grande escala este sector. A utilização de materiais supercondutores nas redes de distribuição de energia elétrica irá permitir um aumento exponencial da eficácia e eficiência com que a energia é transportada e consumida.

A 3ª edição do Beyond estende-se nos próximos meses, com encontros setoriais nas várias áreas estratégicas para Portugal, como Mobilidade, Serviços Financeiros e Indústria. Paralelamente às conferências decorrerão ainda as várias sessões Think Thank e Executive Breakfasts que vão promover o debate em torno de diversos temas como a Sustentabilidade na Saúde, Marketing Digital e o Turismo nesta era Digital, Mobilidade no Futuro e Digital Tax, são alguns exemplos das temáticas a abordar.

Na Conferência Final, agendada para o início de junho, serão divulgados casos de sucesso e apresentadas as melhores estratégias pessoais, empresariais e políticas, identificadas pela consultora, nesta era digital.

A EY opera em auditoria, assessoria fiscal, assessoria de transações e assessoria de gestão. EY refere-se à organização global de firmas relacionadas com a Ernst & Young Global Limited, cada uma das quais é uma entidade legal separada.