A recém-criada WRAP EU, organização que junta a WRAP e a International Food Waste Coalition (IFWC), reuniu em Bruxelas decisores da Comissão Europeia, parceiros da indústria, ONG, deputados europeus e investidores para discutir os próximos passos da Diretiva-Quadro dos Resíduos e acelerar a transição para um modelo de Circular Living na Europa.
No centro das discussões estiveram temas como o reporte obrigatória de desperdício alimentar, a implementação da Responsabilidade Alargada do Produtor (EPR) para têxteis, e a criação de estruturas eficazes para recolha, reparação e reutilização. A urgência destas medidas é reforçada pelo impacto dos setores alimentar e têxtil, que juntos representam quase metade das emissões globais de gases com efeito de estufa.
(da esquerda para a direita): Sofie Schop, Diretora Executiva da WRAP EU; Stéphane Leroux, Diretor Executivo da IFWC; Klaus Berend, Diretor para a Segurança Alimentar, Sustentabilidade e Inovação da Direção-Geral da Saúde e Segurança Alimentar da Comissão Europeia (DG SANTE); Catherine David, CEO da WRAP; e David Rogers, Diretor de Desenvolvimento Internacional da WRAP.
“A Diretiva dos Resíduos é um plano ambicioso que exige ação imediata. Não se trata apenas de cumprir metas legais, mas de transformar os sistemas de produção e consumo para um modelo mais justo e sustentável”, afirmou Klaus Berend, Diretor da DG SANTE da Comissão Europeia.
A CEO da WRAP, Catherine David, defendeu que a nova legislação têxtil terá impacto transversal em todos os Estados-Membros e poderá mudar “para sempre a forma como produzimos e consumimos roupa”.
Também foi apresentada a nova diretora executiva da WRAP EU, Sofie Schop, com um percurso sólido em ESG e sustentabilidade em marcas como Tommy Hilfiger, G-Star RAW, Versuni e Karl Lagerfeld. Schop destacou os resultados já obtidos pelo setor da restauração, com reduções de até 36% no desperdício alimentar na hotelaria, traduzindo-se em poupanças de 200 milhões de euros por ano.