O Intercontinental Lisboa foi o palco da cerimónia de encerramento das comemorações dos 170 Anos do Movimento Associativo dos Industriais Gráficos Portugueses.
Na presença de cerca de centena e meia de profissionais de comunicação gráfica, Marta Grilo, jornalista da área do desporto, que iniciou a sua carreira na área das Artes Gráficas, conduziu as intervenções. Começou por ler uma mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa, a sublinhar o Alto Patrocínio da Presidência da República, dada a relevância da indústria e dos seus movimentos associativos, desde 1852.
“E se, no início, a indústria deu um passo de gigante na democratização do acesso à informação e à cultura com a impressão de jornais e das grandes obras literárias, que chegaram a muito mais pessoas, hoje está presente todos os dias na vida de todos nós, das etiquetas ou dos rótulos das Embalagens às imagens digitais nos outdoors ou nos ecrãs dos telemóveis”, referia a mensagem.
O Ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, representou o Governo, numa intervenção em que pediu ânimo para os tempos desafiantes e com cenários antes impensáveis, como é o de uma guerra “à porta da Europa”.
Cláudia Figueiredo, do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, que desenvolveu durante dois anos a investigação e escrita da obra “170 Anos Do Movimento Associativo Dos Industriais Gráficos”, fez uma breve viagem pela história do associativismo gráfico em Portugal, que remonta à constituição da Sociedade de Socorros dos Tipógrafos Portuenses e da Associação Tipográfica Lisbonense, em 1852.
Segundo José Manuel Lopes de Castro, Presidente da APIGRAF, “Somos uma indústria de comunicação que está na génese de um dos mais antigos movimentos associativos do mundo. Celebrar este legado é, não só, uma homenagem ao passado, mas também um compromisso com o futuro, para que continuemos a ser uma referência enquanto setor estratégico para a economia e a sociedade.”
Antes de dar a noite por terminada, Lopes de Castro fez dois brindes, um aos 50 anos da APIGRAF, que se completam a 14 de dezembro de 2024, e outro a Augusto Monteiro, fundador da Grafopel, que completou, recentemente, 97 anos de vida. “Dizem que as instituições são as pessoas, e isso é verdade. Vamos brindar a alguém que está connosco e que é como um farol nesta indústria!”, referiu Lopes de Castro.
As comemorações do Movimento Associativo Gráfico iniciaram-se com o lançamento do Livro “170 Anos do Movimento Associativo Gráfico”, uma obra dividida em dois volumes, continuaram com a exposição “Impressões do Quotidiano”, inaugurada no Pavilhão de Exposições da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e que está a passar por diversas zonas do país para mostrar a omnipresença e a sofisticação da produção gráfica, bem como a evolução tecnológica do setor.
A indústria gráfica representa um volume de negócios superior 3.139 M€ e mais de 600 M€ em exportações. As mais de 2100 empresas representam 5% no total da indústria transformadora nacional e empregam mais de 23.000 pessoas. O sector abrange atividades diversificadas, complementares e interdependentes que vão desde impressão de jornais e de livros, impressão comercial, impressão de etiquetas e de grande formato à fabricação de embalagens.