O Comendador António Saraiva foi homenageado com o Prémio Prestígio Apigraf 2024, iniciativa da Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel, numa cerimónia que aconteceu a 23 de fevereiro no Sheraton Hotel Porto & Spa.
António Saraiva foi um empresário proeminente e chegou a Presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos de Afins de Portugal (AIMMAP), Presidente da CIP e Presidente do Conselho Geral e da Direção da Confederação Empresarial de Portugal. Ao longo da sua carreira recebeu diversas distinções do governo português e do governo italiano, incluindo a medalha de Mérito Industrial, atribuída em 2023, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Foi homenageado pela sua ligação com «a indústria gráfica e transformadora do papel», assim como por todo o percurso enquanto empresário e dirigente associativo. «Exímio comunicador, autêntico e frontal nas suas opiniões, António Saraiva é um contrutor de pontes e assume-se como um cidadão inquieto e animal social. Qualidades que se refletem de modo genuíno no modo como se posiciona na sociedade e, sobretudo, no mundo empresarial e associativo», disse Lopes de Castro, presidente da Apigraf, no momento da atribuição da distinção.
O homenageado agradeceu e disse: «eu já fiz muita coisa, mas porque tive a ajuda de muita gente. Tudo o que fazemos é obra de um conjunto de interações, porque o Ser Humano sozinho não faz nada.» Abordou o percurso no associativismo e as relações que estabeleceu na indústria, dizendo que o Prémio Prestígio é certamente partilhado com todos os que partilharam o caminho.
António Saraiva referiu as tensões geopolíticas e os desafios dos últimos anos, relembrando que cabe a nós «sociedade civil, tomarmos o destino nas nossas mãos». O industrial apelou ao exercício dos direitos e deveres cívicos no ato eleitoral que se aproxima. “Inquietem-se. Exijam. Participem. Se há défice que Portugal tem é o da cidadania participativa”, disse. António Saraiva apelou à união entre associações industriais e sindicatos, e às reformas do associativismo, pois a união permitirá chegar mais longe, melhorar a produtividade e, em consequência, a qualidade de vida de todos: «Não nos exigam aumentos salariais sem a produtividade consentânea. Não podemos distribuir riqueza, já dizia Sá Carneiro, se não a conseguimos produzir. É preciso gerar e depois distribuir».
Francisco Pinto Balsemão, Eduardo Lourenço, Elvira Fortunato e José Pacheco Pereira foram as personalidades agraciadas com o Prémio Prestígio da Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel nas anteriores edições.
No mesmo evento foram distinguidas 12 empresas, divididas quatro categorias pela Excelência Empresarial.