No próximo fim-de-semana, entre 23 e 24 de abril, realiza-se o Encontro da APIGRAF – Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel, em Guimarães.
Lopes de Castro, Presidente da APIGRAF, comentou a importância de participar, revelando que o Encontro será aberto, pela primeira vez, a todos os interessados.
Porque é importante estar no Encontro APIGRAF, que se realiza no próximo fim-de-semana, em Guimarães?
As empresas estão preocupadas com a escassez de papel, com os valores elevados da energia e com o que se entende por reindustrialização. Se forem ao Encontro, estarão lá diversos especialistas a falar sobre esses diversos assuntos. A Apigraf está preocupada, tal como os nossos associados, com estes temas. Vamos, por exemplo, dar início ao processo de aquisição de energia em grupo e os nossos associados vão ser surpreendidos, pela negativa, pelos valores que estão a ser praticados. Antecipando essa situação, seria bom que estivessem presentes no Encontro para esclarecer todas as dúvidas. Quero acreditar, também, que as pessoas têm saudades de se encontrar, pois o último Encontro aconteceu em 2019.
É a primeira vez que não-associados poderão participar no Encontro. Porque tomaram essa decisão?
Conversamos internamente sobre o que podemos fazer para alertar as empresas para a importância do associativismo, quer nos CAE 17 e 18 ou em outros que já fazem parte da associação. Estas medidas têm sido tomadas em outras associações e federações, e discute-se também a possibilidade de os fornecedores poderem ser associados. Em tempos, os fornecedores tiveram uma associação que já não existe e é natural que lhes falte uma entidade que os represente. Temos de olhar para os Estatutos e preparar o caminho, mas este é um primeiro passo que estamos a dar. É uma experiência, que esperamos que corra bem, pois estamos todos no mesmo barco. A realidade é transversal a todos os players, por isso decidimos que está também na altura de abrir o evento aos associados e aos não-associados.
Destacaria algum ponto do programa, em particular?
É injusto destacar apenas um e não seria fácil escolher. O Eng.º Nuno Ribeiro da Silva vai falar sobre energia e o Dr. João Felgueiras irá falar sobre o papel, outra das grandes preocupações do momento. O Eng.º Mira Amaral vai abordar a reindustrialização e o que poderá acontecer no futuro. São apenas alguns exemplos, que mostram que as matérias são tão distintas e que não é possível selecionar apenas uma.
Vão abordar as atividades sobre os 170 anos da vida associativa?
Vamos explicar o que tem sido feito e a fase em que estamos nesse estudo. Temos acompanhado os investigadores que estão a realizar um projeto que se vai materializar em dois livros. Um será publicado este ano e haverá um segundo a ser publicado no próximo ano. São equipas diferentes e temos visitado, de Norte a Sul, diferentes empresas, diferentes atividades e realidades. Tem sido surpreendente verificar as descobertas que se têm realizado. Nesse percurso, os investigadores esperavam encontrar empresas tipicamente tipográficas e estão a encontrar empresas muito avançadas em termos de tecnologia, por exemplo.
O setor é mais moderno e inovador do que a sociedade, no geral, pensa?
Sim, mas isso também é culpa nossa. O mercado tem dificuldade em perceber o setor. Pensa muito na impressão do jornal ou do livro e não o reconhece para além disso. Quando vou, por exemplo, a Tomar, falar com os alunos dos cursos desta área, e digo que o setor das artes gráficas é o responsável por podermos usar telemóveis, eles ficam espantados. Os componentes que estão no interior de um smartphone são impressos e isso cabe à gráfica funcional. Há diferentes situações que as pessoas não ligam diretamente à indústria gráfica, como por exemplo na indústria farmacêutica ou alimentar, para apenas mencionar alguns exemplos. À APIGRAF compete, também, explicar que, mais do que a simples tipografia, estamos no negócio da comunicação gráfica. Não é fácil, mas temos esse exercício pela frente.
Conheça abaixo o programa atualizado e, caso pretenda inscrever-se, clique aqui.
PROGRAMA DE PARTICIPANTES
SÁBADO | 23 DE ABRIL
12h30m| Almoço – Hotel de Guimarães
15h00m | Abertura – MitPenha
Domingos Bragança | Presidente da CM de Guimarães
Lopes de Castro | Presidente da APIGRAF
O futuro das empresas no pós-pandemia
Paulo Vaz | Administrador Executivo da AEP
Reindustrialização – um desiderato nacional
Luís Mira Amaral | Presidente do Conselho da Indústria Portuguesa da CIP
Coffee – Break
O mercado da energia e implicações para a indústria
Nuno Ribeiro da Silva | Presidente da Endesa
Matérias-primas – o que se passa com o papel?
João Felgueiras – General Manager for the African Continent - The Navigator Company
18h00m | Encerramento
20h00m | Jantar de Gala – MitPenha
23h00m | Regresso ao Hotel
DOMINGO | 24 DE ABRIL
10h00m | A nossa indústria é atrativa para os jovens?
Jorge Lopes | Gestor do Projeto PYF Portugal
Indústria Gráfica Europeia
Beatrice Klose | Secretária-geral da INTERGRAF
Apresentação do Concurso APIGRAF Jovens Talentos
Teresa Borba | Diretora-geral APIGRAF \ Paulo Dourado | Diretor Comunicação APIGRAF
Coffee-Break
Comunicação Gráfica na Nova Era Digital – Desafios e Oportunidades
Graeme Richardson-Locke | FESPA Associations Manager and Technical Expert
12h30m | Encerramento
12h45m | Almoço
PROGRAMA DE ACOMPANHANTES
SÁBADO | 23 DE ABRIL
13h00m | Almoço – Hotel de Guimarães
15h00m | Passeio com guia pelo centro histórico de Guimarães
17h00m | Regresso ao Hotel
20h00m | Jantar de Gala
23h00m | Regresso ao Hotel
DOMINGO | 24 DE ABRIL
11h00m | Saída em autocarro para subida no funicular de Guimarães
12h45m | Almoço