Pete Stein e Yalu Saar

Qual o impacto da inteligência artificial na indústria? Poderá a automação vir a substituir os designers? De que forma se pode melhorar a experiência do consumidor? Estas e outras questões foram tema de debate na última Web Summit, em Lisboa, numa das sessões que decorreram no palco Creatiff.

Pete Stein, CEO da Huge, uma agência com sede em Brooklyn, e com escritórios na Europa e na Ásia, acredita que a inteligência artificial pode ajudar a automatizar e a simplificar o design. O designer ficaria então liberto para as tarefas da criação e para lidar com os aspetos relacionados com a experiência do utilizador, algo que as máquinas não estariam habilitadas para fazer.

“A Inteligência Artificial (IA), pode ser criativa e mudar o trabalho de todos. Vai forçar o designer a resolver os grandes problemas. A IA não tem empatia. Pode criar um logótipo fabuloso, mas não vai conseguir entender a viagem do cliente!”, comenta Pete Stein.

Huge

A Tailor Brands é uma agência que já recorre à Inteligência Artificial para simplificar o processo de design. Através de um portal onde é possível introduzir breves informações, um cliente pode obter um visual gráfico em apenas alguns minutos. “O nosso objetivo é tornar a criação de uma marca eficaz acessível a todos, independentemente do tamanho do orçamento ou da ideia de negócio. Desde o nosso criador de logotipos até um conjunto completo de ferramentas de design e marca, a nossa plataforma foi desenhada para ajudar milhões de pequenas empresas a contar sua história, construindo as suas marcas desde o início”, referem.

TailorBrands

Yalu Saar, Cofundador & CEO da Tailor Brands, refere: “a IA é só uma ferramenta e está à nossa volta, em todo o lado! Nós é que a mistificamos!”.

O executivo acredita que a IA vai redefinir a forma como olhamos para o mundo e redefinir o que significa ser criativo, já que isso não se limita ao domínio das ferramentas utilizadas para a criatividade, como por exemplo o Illustrator ou o InDesign.