A Celulosa Argentina, fabricante de pasta e papel com sede em Rosario, deu entrada a um pedido de proteção contra falência.

A medida permitirá à empresa reorganizar as suas finanças e manter as operações num contexto considerado extremamente adverso pela própria companhia.

A decisão surge após a empresa ter deixado de cumprir pagamentos de títulos de dívida. O processo acionado corresponde ao equivalente argentino ao Capítulo 11 da lei de falências dos EUA e à recuperação judicial no Brasil. As ações da Celulosa Argentina, cotadas no mercado local, caíram 17% no dia do anúncio e acumulam já uma desvalorização de cerca de 80% em 2025.

Num comunicado dirigido a investidores, o conselho de administração destacou os efeitos das recentes medidas económicas do governo. “As profundas mudanças que o governo nacional implementou na política fiscal, monetária e cambial criam desafios que ainda são difíceis demais para superarmos”, afirmou a empresa, sublinhando as dificuldades para operar no atual ambiente económico.

A Celulosa Argentina atravessa o processo num momento em que várias empresas dos setores agrícola e industrial procuram alternativas para resistir ao aumento de custos, à pressão fiscal e às rápidas alterações económicas no país. Para a companhia, a proteção judicial representa uma oportunidade de reestruturar compromissos e preservar a sua posição no setor da pasta e do papel.