A UPM adiou o arranque comercial da sua biorrefinaria em Leuna, na Alemanha, para o segundo semestre de 2025, devido a questões de qualidade no processo de transformação de açúcares em produtos químicos.

A decisão surge após verificações de garantia de qualidade que identificaram a necessidade de trabalhos corretivos, os quais deverão prolongar-se por vários meses. Entretanto, a entrada em funcionamento gradual das restantes unidades da instalação prossegue.

No relatório anual da empresa, Massimo Reynaudo, Presidente e CEO da UPM, comentou a situação, referindo que a fase de comissionamento e arranque começou no final de 2024, com progressos na maioria das unidades. No entanto, as questões identificadas exigem ajustes antes do início da produção comercial integrada.

Apesar do adiamento, Reynaudo reafirmou a confiança da UPM no potencial do setor dos bioquímicos. Destacou ainda os desafios enfrentados durante o projeto, nomeadamente a pandemia de COVID-19, a guerra na Ucrânia e as consequentes dificuldades na cadeia de abastecimento.

Devido a sobrecustos e atrasos na construção, a UPM registou uma imparidade de 373 milhões de euros nos ativos da biorrefinaria. O valor contabilístico da instalação reflete agora o custo estimado para a construção de uma fábrica semelhante.