A Bibliomóvel da Biblioteca Municipal de Penacova celebra este ano sete anos de atividade.
"A Bibliomóvel vai muito além do empréstimo de livros. É um instrumento de inclusão cultural e social, garantindo que todos têm acesso à leitura e ao conhecimento, independentemente de onde vivem", afirma Álvaro Coimbra, presidente da Câmara Municipal de Penacova.
A carrinha da Bibliomóvel não transporta apenas livros e revistas. Oferece serviços adicionais como a recolha de materiais recicláveis (pilhas, lâmpadas, radiografias, pequenos eletrodomésticos) e distribui folhetos sobre eventos culturais e serviços municipais. Com horários regulares em cada aldeia, a biblioteca móvel tornou-se uma referência para os habitantes, muitos dos quais aguardam ansiosamente pela sua chegada, não apenas para requisitar livros, mas também para conversar e partilhar histórias.
"A leitura amplia os horizontes, mas a Bibliomóvel também promove laços e afetos. Para quem vive em localidades isoladas, é muitas vezes um ombro amigo," acrescenta Álvaro Coimbra, reforçando a importância da descentralização cultural como missão prioritária do município.
O público da Bibliomóvel varia desde crianças, como o pequeno Duarte, de 3 anos, até idosos, como o senhor Joaquim Carvalho, de 84 anos. A maioria dos utilizadores encontra-se na faixa dos 60 aos 80 anos, com uma forte preferência por romances. A equipa que opera o serviço conhece bem os leitores, personalizando as recomendações de leitura para cada um. "Este serviço é tão pessoal quanto cultural, e é isso que faz a diferença", explica um dos funcionários.
Álvaro Coimbra elogia o trabalho dos profissionais que gerem a Bibliomóvel: "Eles não levam apenas livros, levam afetos e tempo para ouvir. É uma missão desempenhada com dedicação e profissionalismo." Para o autarca, serviços como este mostram como a cultura pode ser um agente transformador: "Mais do que um direito, a cultura é uma necessidade. Com a Bibliomóvel, reforçamos a coesão social e tornamos Penacova mais justo e inclusivo."
Desde a sua criação, em 2017, este projeto inovador percorre 40 aldeias do concelho, chegando a cerca de 80 pessoas, com idades entre os 3 e os 84 anos. Mais do que uma biblioteca móvel, a iniciativa destaca-se pelo papel cultural e social que desempenha junto das populações.