A Lisgráfica, com fábrica em Agualva-Cacém, declarou falência e encerrou as operações.
A decisão, que irá afetar 110 trabalhadores, surge após o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, em Sintra, rejeitar o plano de recuperação da empresa.
A decisão de paralisar as operações foi precipitada pela interrupção do fornecimento de energia assim como pela falta de liquidez para cobrir as despesas correntes, exacerbando a frágil situação financeira. A rejeição do PER finalizou a decisão.
Em fevereiro deste ano, a Lisgráfica submeteu um plano de recuperação ao Juízo de Comércio de Sintra no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, após ter declarado insolvência em dezembro. A empresa reportou prejuízos líquidos de 571 mil euros no primeiro semestre de 2023, uma melhora em relação aos 1,20 milhões de euros de prejuízo do período homólogo anterior, conforme divulgado em setembro.
No dia 21 de junho, a Lisgráfica informou que 62,3% dos credores haviam aprovado seu plano de insolvência e recuperação. Este plano incluía o pagamento completo dos créditos trabalhistas e dos créditos da Autoridade Tributária e da Segurança Social em prestações, conforme previsto em lei, além do perdão de 95% dos créditos comuns e de 100% dos créditos subordinados.
Segundo o Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), a Lisgráfica enfrentará a venda dos seus ativos para satisfazer parte das dívidas que totalizam aproximadamente 78,7 milhões de euros.
Entre os vários títulos de imprensa produzidos na Lisgráfica encontravam-se nomes como o do Expresso, Visão, TV 7 Dias, TV Guia, TV Mais e Caras, entre outros títulos.