O Grupo Fedrigoni divulgou os resultados do ano transato em que atingiu lucros estimados em 1,825 biliões de euros e EBITDA proforma estimado em 356 milhões de euros.
A faturação proforma, que inclui a contribuição de 12 meses da Tageos e Arjowiggins China e excluem o negócio de materiais para escritório, atualmente à venda, reporta 1,100 milhões na unidade de negócios de materiais autoadesivos e 708 milhões naquela de papéis especiais, com uma queda de 10% em relação aos resultados de 2022. Segundo a fabricante, 21% dos lucros provêm do mercado italiano, 49% da Europa e 30% do resto do mundo.
“2023 foi um ano de grande volatilidade, determinado pela instabilidade geopolítica, excesso de estoque em muitas cadeias de valor e um contexto macroeconômico desfavorável” comentou Marco Nespolo, diretor executivo da Fedrigoni.
“Olhando para 2024”, acrescenta Nespolo, “o primeiro trimestre teve um início positivo, com um aumento da procura. Todavia, encontramo-nos ainda em um contexto de mercado fortemente volátil e de grande instabilidade política em razão dos conflitos mundiais nos quais agilidade e adaptabilidade são fundamentais: na nossa opinião, esse andamento anormal do mercado caracterizará os próximos anos, com grandes oscilações dos pedidos, portanto será necessária muita flexibilidade”.
No primeiro trimestre de 2024, o grupo registou um crescimento de volumes em ambas as unidades de negócio, com um lucro estimado em 470 milhões de euros, e um crescimento de 10,9% em relação ao último trimestre de 2023 e 2,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
Hoje, a Fedrigoni emprega 5.500 pessoas em 28 países, possui 73 fábricas e centros de corte e distribuição e 25.000 produtos distribuídos em 132 países.
Com relação à estrutura de capital, no início do ano, a Fedrigoni concluiu o refinanciamento de um empréstimo obrigacional com taxa variável de 665 milhões de euros e aumentou a própria liquidez através de uma operação de venda e relocação das próprias fábricas.
O Grupo consolidou a aquisição do Centro de Pesquisa e desenvolvimento da Voiron na França e da fábrica da Arjowiggins China, especializada na produção de papéis translúcidos (ambas já fazem parte do Grupo Arjowiggins), e foram adquiridos alguns ativos da Mohawk, segunda empresa no setor dos papéis na América do Norte. Por último, a Fredigoni adquiriu – no âmbito do seu programa de fundo de capital de risco - uma participação de minoria na SharpEnd, startup britânica especializada nas soluções IoT e relacionadas.