A Intergraf anunciou os vencedores do Intergraf Young Talent Award 2024.

O concurso, que consagrou Pien Haks, dos Países Baixos, como vencedora, atribuiu o terceiro lugar a Constança Barbosa Simões, de Portugal. A segunda posição foi para a Dinamarca, pela participação de Marcus Rasmussen.

O prémio, criado em 2017, quer ser uma plataforma para as vozes da próxima geração de profissionais de impressão. Todos os anos, o painel de especialistas seleciona as três melhores submissões que mostram ideias inovadoras e soluções criativas. Este ano, os candidatos foram convidados a responder à seguinte pergunta: Como é que a inteligência artificial pode afetar a indústria de impressão e quais são os riscos e oportunidades associados?

Intergraf2024

Constança Barbosa Simões defendeu: «A IA nunca será independente na indústria gráfica. As artes gráficas são uma forma de arte que requer intuição e essência humana. A IA é limitada, pois é criada por seres humanos. A inovação em IA para quando a inovação humana cessa. O futuro depende de equilibrar a IA com a inteligência humana, não lutando para ver qual é melhor, mas reunindo-os para tornar a indústria de impressão mais forte.» Conheça aqui a participação da Constança, da Gráfica Manuel Barbosa & Filhos.

Pien Haks, que arrebatou a primeira posição, destacou: "A IA continuará a transformar o setor gráfico, impulsionada pela eficiência e economia de custos. As profissões administrativas e criativas serão as primeiras a experimentar a integração de IA, automatizando tarefas. O impacto na produção será inicialmente limitado, dependendo da prontidão das empresas para atualizar máquinas, embora modelos mais recentes possam incorporar funcionalidades de IA. As mudanças mais significativas estão a acontecer atualmente na criação de conteúdo, onde a imaginação é o único limite. No entanto, é importante notar que a IA serve como uma ferramenta, com ética originária dos seres humanos. Os regulamentos europeus desempenham um papel crucial na gestão de potenciais excessos.»

O vencedor do segundo lugar, Marcus Rasmussen, destacou o potencial transformador das aplicações de IA em vários aspetos da indústria gráfica. Enfatizou os benefícios da IA para a eficiência operacional, otimização da cadeia de fornecimento e interação do utilizador, reconhecendo desafios como custos iniciais, dependência de tecnologia, segurança de dados e risco de obsolescência. Apesar disso, Marcus defendeu o planeamento estratégico e a adaptação para capitalizar os benefícios da IA e, ao mesmo tempo, mitigar os riscos. Marcus propôs a adoção de uma estratégia equilibrada: as empresas poderiam efetivamente usar a IA para aumentar a eficiência, a inovação e a competitividade, ao mesmo tempo em que dão prioridade à responsabilidade ambiental.

Pien Haks apresentará as suas ideias na conferência Print Matters 2024, a 14 de junho de 2024, em Bucareste.