A Apigraf – Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel revelou os resultados do inquérito mensal realizado em janeiro, que revela alguns dados, fornecidos pelas empresas do setor, acerca do último trimestre do ano 2020.
Quando comparando o último trimestre do ano (Outubro / Dezembro) com o anterior (Julho / Setembro), 45,8% dos respondentes referiram que registou piores resultados. Cerca de 25,3% das empresas revelou uma recuperação lenta, 19,3% refere ter sido igual e apenas 9,6% das empresas refere ter resultados iguais aos de antes da pandemia.
O ano de 2021 começou pior para 68,7% das empresas e apenas 12% referiram ter começado melhor o ano, com outras 19,3% a não referir alterações. A percentagem aumenta quando a comparação é realizada com janeiro de 2020, com 81,7% das empresas a referir que registou piores resultados. 57,4% das empresas refere uma quebra entre 20 e 49% e cerca de 22% das empresas reportou quebras acima dos 50%. As restantes 20% referem quebras inferiores a 20%.
Na comparação entre 2020 e 2019, cerca de 11% das empresas revelou um aumento de atividade. Mais de metade (55%) refere ter tido quebras acima dos 20% e as restantes revelaram quebras abaixo dos 20%.
O início do ano começou com um novo confinamento geral. Porém, apesar disso, 45,8% das empresas espera que a atividade da empresa retorne aos níveis pré-pandemia. Cerca de 15,7% dos respondentes diz que não e outros 38,6% ainda não conseguem responder. Dos que esperam a melhoria, 23,5% acredita que isso só acontecerá no segundo trimestre do ano e outras 33,3% referem que teremos de esperar por 2022.
Dado o quadro atual, 41,5% das empresas está a adiar decisões de investimento, 24,4% já decidiu não os fazer e 34,1 % dos empresários vai continuar a investir, especialmente em equipamentos, sendo que 13,8% desse grupo vai fazer melhorias nas instalações.
O inquérito foi realizado junto dos contactos da Apigraf, sendo 88% dos respondentes de empresas associadas. Do total, 37,3% são empresas com 6 a 15 trabalhadores e 31,3% com 16 a 40 trabalhadores. 80% das empresas operam na indústria gráfica e 14,5% na transformação do papel, sendo as restantes de empresas fornecedoras dos setores referidos.
Neste momento está a decorrer um novo inquérito, aberto até 15 de março. Para participar clique aqui.