O dióxido de titânio (TiO2), um dos principais componentes da tinta branca utilizada em artes gráficas, está em discussão na União Europeia, pois poderá ser considerado um composto carcinogénico.
A situação está a colocar pressão na indústria, que poderá ter que encontrar alternativas ao pigmento branco.
O problema está na forma em pó do composto mineral, que poderá ser classificado na categoria 2 como substância perigosa, já que pode ser inalado. A forma líquida das tintas terá que ser etiquetada com uma chamada de atenção no caso de ser para utilização em spray, embora não represente riscos na impressão.
Os produtores de tintas preocupam-se, no entanto, com os impactos e na “culpa por associação”, sempre que exista o dióxido de titânio na composição das tintas líquidas.
Embora o impacto seja para os revestimentos na forma de pó, utilizados na indústria papeleira, haverá alterações a fazer em termos de recolha de resíduos e nas regulações relacionadas com a produção de brinquedos, por exemplo. Os níveis de exposição para segurança do utilizador vão ser baixos e isso vai obrigar a alteração nos processos de produção.
O dióxido de titânio é o composto chave do pigmento usado em todas as tintas brancas e em revestimentos brancos e lisos brilhantes para o papel. Há poucas alternativas universais com todas as características do composto mineral, no que respeita à opacidade, cobertura e bloqueio de UV.
As alternativas, estudadas ao longo dos anos, implicavam a utilização de quatro vezes mais camadas de tinta para chegar ao mesmo resultado, com impactos consideráveis em termos de sustentabilidade.
Caso a União Europeia prossiga com as alterações de classificação do composto, as mesmas devem entrar em vigor até julho de 2021.