Registaram-se 2340 insolvências, menos 171 que no primeiro semestre de 2021, ou seja, menos 6,8%, revela a Iberinform.
“Por tipologia de ações, regista-se um decréscimo de 13,5% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros (menos 62 pedidos face a 2021 atingindo um total de 396 ações), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas diminuem 8,1% no comparativo com 2021, com menos 39 pedidos (o total ascende a 443). Os encerramentos com plano de insolvência também diminuem de 27 em 2021 para 24 em 2022 (-11,1%)”, explica a empresa em comunicado.
Porto e Lisboa lideram
Os distritos com mais insolvências são Lisboa e o Porto, com 634 e 549 respetivamente, o que significa um aumento de 10,1% face a 2021 em Lisboa, e uma diminuição de 12% no Porto.
No primeiro semestre deste ano face a 2021, 14 distritos baixam o total de insolvências (63,6%). Além do Porto, incluem-se neste grupo os distritos de: Portalegre (-45%); Braga (-31,4%); Faro (-27,7%); Guarda (-23,8%); Viana do Castelo (-22,2%); Aveiro (-20,6%); Vila Real (-20%); Madeira (-18,8%); Angra do Heroísmo (-16,7%); Beja (-16,7%); Coimbra (-9,2%); Viseu (-7,1%) e Leiria (-1,1%). Com aumentos, a par de Lisboa, evidenciam-se os distritos de: Setúbal (+29,5%); Santarém (+24,7%); Bragança (+18,2%); Évora (+10%); Ponta Delgada (+4,8%) e Castelo Branco (+4,4%). Horta evoluiu de zero insolvências em 2021 para três em 2022.
Quais os setores mais afetados?
Apenas três setores de atividade apresentam aumentos nas insolvências face aos seis primeiros meses de 2021: Eletricidade, Gás e Água (+25%); Transportes (+14,6%) e Indústria Extrativa (+14,3%).
Com variação negativa destacam-se as atividades de: Telecomunicações (-25%); Construção e Obras Públicas (-10,7%); Comércio por Grosso (-10,5%); Hotelaria e Restauração (-10,1%); Indústria Transformadora (-8,6%); Comércio de Veículos (-6,7%); Outros serviços (-5,4%); Agricultura, Caça e Pesca (-4,1%) e Comércio a Retalho (-1,5%).
Constituições aumentam 18,7%
No acumulado do ano verifica-se um acréscimo de 18,7% face a 2021, com mais 3.944 novas empresas criadas e um total de 25.039 constituições. O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 8.450 novas empresas (+33,6%), e no Porto, com 4.168 (+7,7%).
Os distritos que apresentam aumentos comparativos mais significativos são: Faro (+34%); Setúbal (+29,7%); Ponta Delgada (+26,2%); Madeira (+26%); Coimbra (+24,3%); Portalegre (+14,7%), Beja (+12,1%); Vila Real (+10,7%); Aveiro (+10,5%); Leiria (+8,1%); Angra do Heroísmo (+6,9%) e Santarém (+6,3%).
Com variação negativa surgem apenas os distritos de: Horta (-20%); Bragança (-16,9%) e Viseu (-1%).
No primeiro semestre deste ano, os setores que apresentam variação positiva face ao período homólogo de 2021 são: Transportes (+119,6%); Telecomunicações (+29,4%); Hotelaria e Restauração (+27,9%); Outros Serviços (+24,4%); Construção e Obras Públicas (+13,4%); Eletricidade, Gás e Água (+13%); Comércio de Veículos (+10,1%); Comércio por Grosso (+7,3%) e Indústria Transformadora (+1,8%).
Com decréscimos face a 2021 surgem apenas três setores de atividade: Indústria Extrativa (-20%); Comércio a Retalho (-19%) e Agricultura, Caça e Pesca (-3,6%).
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