«A drupa converteu-se, inegavelmente, na feira das novidades e tendências da indústria gráfica ao longo dos anos e daí pretender “Criar o Futuro”, juntando visitantes e expositores de todos os “cantos” do mundo em Düsseldorf.

Jorge de SousaJorge de SousaA drupa sempre foi a montra dos avanços tecnológicos que mais afetaram a indústria gráfica e, por isso mesmo, foi incorporando a parte da digitalização e de software ao lado da tecnologia de ponta, chegando agora igualmente à Inteligência Artificial e ao modo como conseguiremos combinar tudo isto, para, de forma sustentada e de acordo com as novas exigências do mercado, conseguir que a indústria permaneça ativa e com a força necessária para singrar num mundo, cada vez mais, de zeros e uns.

Da mesma forma, e com o declínio no consumo do papel impresso, começamos a ver novos segmentos de mercado a surgir, como o mercado da Comunicação Visual e, mais recentemente, o mercado do Packaging, da Impressão Têxtil e a forma como também a digitalização afeta estes segmentos.

Após o interregno, provocado sobretudo pela pandemia que nos afetou, a expectativa para a mostra deste ano está nos mais elevados níveis, já que é a primeira grande oportunidade para que todos possam voltar a estar juntos, num espaço tão emblemático.

Para além dos habituais contactos com os fornecedores mais comuns do negócio, que sempre são de primordial importância, creio que temas como Inteligência Artificial, Novos Modelos de Pensar o Negócio, Oferta Web, Conectividade, Eficiência e Sustentabilidade irão protagonizar as novidades do certame e, por isso mesmo, deverão constituir fontes de “inspiração” para o desenvolvimento sustentável da indústria nos próximos anos.

Creio que cada empresário deverá procurar respostas de acordo com o lugar que a sua empresa ocupa no processo da transição do processo analógico para o digital e da diversificação da sua oferta no mercado. Deve procurar soluções que passem por aumentar a sua eficiência e grau de produtividade, mais direcionadas para fluxos de trabalho e produção, utilizando a Inteligência Artificial, assim como soluções mais direcionadas para o acabamento, por poder constituir fator diferenciador ou, até mesmo, como forma de aumentar as margens do negócio. Soluções mais direcionadas para a impressão via Internet e que poderão permitir a entrada em nichos de mercado menos explorados ou, pura e simplesmente, constituir uma forma de “subcontratação” de serviços, sobretudo por parte de clientes mais pequenos que abdicam da sua capacidade produtiva e passam a atuar como meros agentes no negócio.

Enfim, felizmente, um mar de soluções continua à disposição deste importante negócio que é a indústria gráfica e que, contrariamente ao que muitos vaticinaram, encontra-se dinâmica e com novas gerações de gestores, atentos ao mercado e sobretudo ao contexto em que estamos todos inseridos.

A todos desejo boa viagem, boas experiências, boa drupa!»

 

Antalis
Hall 3/C71

in doPAPEL #379