A chuva forte que se fez sentir em Lisboa não impediu a apresentação oficial das Revoria EC1100, SC170/180 e E1 no mercado nacional. A Fujifilm reuniu as empresas gráficas no Monsanto Secret Spot e mostrou o que diferencia os novos modelos.

Filipe Marques

Filipe Marques, Country Manager da Fujifilm em Portugal, falou sobre a aposta da Fujifilm na área gráfica antes de passar a palavra a Kohei Kamata, Gestor de Marketing da área de tecnologia à base de toner, que fez um breve resumo sobre o assunto. Cerca de 40% do negócio da Fujifilm é relacionado com a área da impressão (Comercial, Embalagem, Grande Formato e Fotografia) e, só em 2022, isso traduziu-se num volume de negócios de mais de sete biliões de euros. O que interessa reter, diz o executivo, é que 5% de todo o lucro da multinacional é novamente aplicado em Investigação & Desenvolvimento e o resultado dessa linha de atuação está presente no portefólio atual.

Kohei KamataKohei Kamata

«Transformámos o nosso negócio para ajudar a transformar o dos outros», disse Kohei Kamata, sublinhando que não se deve debater se o melhor é a tecnologia a jato de tinta ou a toner. O melhor é, mesmo, tentar ter o melhor dos dois mundos. A inovação, revela, não se fica por aqui, pois o início do próximo ano deverá trazer uma nova Revoria, desta vez no formato B2. Outra novidade interessante, já disponível no mercado asiático, é a existência de um toner adesivo, que permite expandir o tipo de aplicações impressas nas Revoria.

RevoriaB2

Abranger todos os segmentos

Se olharmos para o atual portefólio da Fujifilm percebemos com clareza que a marca quer estar em todos os segmentos, da entrada de gama à impressão industrial. Os lançamentos apresentados são prova disso e chegam para ocupar um espaço onde se situam volumes de produção entre os médios e os altos. Alfonso Garcia, Gestor de Produto da área de POD (Print on Demand), explicou as principais inovações e revelou que o motor de impressão é o mesmo em ambos os equipamentos (a SC180/170 e a EC1100), estando as diferenças em detalhes que são mais específicos dos segmentos a que se destinam.

Alfonso GarciaAlfonso Garcia

Poderíamos falar da velocidade da impressão (70 / 80 ppm), do painel de utilizador intuitivo, do Eco Toner ou da capacidade de imprimir em banner. Aliás as especificações estão disponíveis no artigo publicado na altura do anúncio dos equipamentos. Contudo, aqui vamos focar-nos sobre alguns pormenores que merecem maior atenção.

Ambas as máquinas conseguem imprimir no formato banner (330 até 1200 mm), sendo que o substrato pode oscilar entre as 52 e as 350 g/m2, e as 400 g/m2 no caso de outros formatos. As máquinas fazem o frente e verso automático até aos 864 mm e a impressão de envelopes é feita a alta velocidade, sem soluços na produção.

Revoria SC180

As bandejas integradas nos equipamentos foram repensadas, explicou Alfonso Garcia, e agora aceitam papel revestido até 250 g/m2, com capacidade para até 570 folhas no formato 330 x 458 mm. O registo na impressão frente e verso atinge os 0,8 mm, quase tão bom como os 0,5 mm garantidos quando a alimentação é feita a partir da bandeja principal. E, por falar em alimentação de papel, isso também foi redesenhado. A sucção por ar, opcional, é realizada de forma a evitar a fricção com o substrato, com o ar a entrar pelas laterais, impedindo a formação de marcas. Já a bandeja de saída tem, por sua vez, capacidade para suportar até 500 folhas com formato até aos 660 mm, havendo a opção de se optar por uma bandeja que recebe até aos 1300 m.

Outro ponto a sublinhar é o da produção, sem travões na produtividade, com substratos de diferentes gramagens. Passar de um papel fino para um papel mais grosso não levanta sobrolhos, graças à implementação de uma dupla banda fusora, que permite a passagem rápida dos papéis e o ajuste imediato das temperaturas de fusão.

Juan Prado BallesterosJuan Prado Ballesteros

A qualidade de impressão, de 1200 dpi x 1200 dpi a 10 bits, também foi referida e demonstrada. O resultado são cores vibrantes e gradações de cores muito mais suaves, quando em comparação com os 8 bits. Para isso é fulcral o RIP utilizado, como explicou Juan Prado Ballesteros, que abordou a importância de aliar o software da Fiery ao equipamento da Fuji. A automação das tarefas é chave e permite realizar em quatro minutos o que poderia demorar até duas horas de trabalho, por exemplo. Juan mencionou algum software da fabricante para as artes gráficas (o Fiery Graphic Arts Pro Package, o Spot Pro, o Fiery Impose e o Preflight, entre outros) e alertou para a existência de formação, disponível de forma gratuita, para se aprender mais e obter certificação, através do Fiery Learning.

Após a explicação das principais diferenças da tecnologia e de uma vista rápida da totalidade do portefólio, os convidados tiveram a oportunidade de ver os equipamentos em detalhe e até realizar testes com os próprios ficheiros.

Terminada a apresentação em Lisboa, os novos equipamentos seguem para o Porto, para o Boeira Garden Hotel, a 19 de outubro. Os interessados em explorar as novidades deverão entrar em contacto com a Fujifilm.