O vencedor da categoria de ilustração, da 7.ª edição do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce é Duarte Reis Carolino, 48 anos, residente em Tomar. A filha Luísa, de 8 anos, foi o seu apoio para dar vida às “Leituras e Papas de Aveia”, história vencedora da categoria de texto.

 Duarte Reis Carolino formou-se em Artes Plásticas e trabalha no Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Tomar. O designer, natural de Sintra, confessa: “sempre quis participar no Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, mas que, por falta de tempo, nunca o pude fazer. Este ano, acabei por ter oportunidade e decidi aproveitar”.

 Adianta ainda: “a Luísa foi-me dando a sua opinião ao longo do processo, que durou cerca de um mês e meio. Gosto de a envolver e fazer sentir que as suas opiniões são importantes. Ficou muito contente por o pai ter ganho”, confessa.

Amante da tipografia e da ilustração, Duarte diz que é “terapêutico”, e que “passou a ser uma necessidade e um prazer”, afirma. O principal factor que o levou a entrar no concurso foi a composição do júri. “Gostei muito da edição do ano anterior e decidi ver quem era o júri. Para minha surpresa, vi que o André Letria e o Jorge Silva, profissionais que admiro, faziam parte do painel. Depois, decidi arriscar e concorri”, explica.

Para o júri - composto por André Letria, Jorge Nesbitt, Jorge Silva, Paula Tavares e Sara Miranda - a decisão foi unânime. “O conjunto de ilustrações que o Duarte Carolino trouxe a concurso sintetiza uma gramática gráfica madura, que conjuga de forma original referências da linguagem contemporânea da ilustração portuguesa”. O júri destaca ainda “a qualidade lúdica do trabalho apresentado pelo Duarte, com uma narrativa visual pensada de forma muito consistente para o objecto-livro.”

Duarte já tinha feito alguns trabalhos de ilustração na Câmara Municipal de Tomar, como uma banda desenhada e alguns trabalhos para o Dia da Criança. Para a ilustração das “Leituras e Papas de Aveia”, o designer procurou “brincar com as texturas e a bidimensionalidade. Quando li o texto, fui imediatamente confrontado com a necessidade de criar monstros. Não me lembrava da última vez que tinha desenhado um monstro... Decidi inspirar-me em figuras populares portuguesas, nomeadamente nas figuras de Rosa e Júlia Ramalho”.

À semelhança do ano passado, o júri decidiu atribuir três menções honrosas, aos trabalhos de Hugo Henriques, Rafael Pereira e Julieta Pereira da Rocha.

Em ambas as categorias (texto e ilustração), segue-se o processo de paginação e produção do livro. A obra, que compilará os trabalhos dos dois vencedores, será lançada em Novembro. Nessa altura, os autores receberão o prémio monetário individual de 25.000€.

Pingo Doce InfantilPrémio de Literatura Infantil Pingo Doce

O Prémio de Literatura Infantil foi criado há 7 anos com o intuito de incentivar a criatividade literária e artística, e estimular a emergência de novos talentos, premiando obras originais que ajudem a promover o gosto dos mais novos pela leitura.

Trata-se do maior prémio de literatura infantil do país, cujo valor monetário total é de 50.000 euros, a repartir igualmente pelos dois vencedores (categorias texto e ilustração).

A obra original que reunirá o texto e o trabalho de ilustração vencedores, estará disponível em Novembro nas mais de 400 lojas Pingo Doce do país. 

Com uma periodicidade anual e de âmbito nacional, o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce inscreve-se no pilar da promoção da literacia infanto-juvenil, com a qual se pretende democratizar o acesso aos livros e estimular, desde cedo, hábitos de leitura em família. Um trabalho desenvolvido pela Companhia que já permitiu o lançamento de cerca de 380 títulos infantis.