imprensa-venezuelaA Guarda Nacional Bolivariana impediu a entrada de papel jornal enviado a partir da Colombia para os jornais da Venezuela. A iniciativa faz parte do projeto "Todos somos Venezuela. Sem liberdade de imprensa não há democracia". Treze jornais da Venezuela deixaram de ser publicados e 17 diminuiram a edição por falta de papel jornal.

A Associação Colombiana de Editores de Jornais e Média havia enviado dois caminhões com 52 toneladas de papel. A ideia é auxiliar a imprensa venezuelana, que tem dificuldades em importar papel por causa do câmbio implantado pelo governo de Nicolás Maduro.

No câmbio normal, um dólar valer cerca de 6,30 bolivarianos e no câmbio implantado pela Venezuela, o dólar chega a ser comprado por valores dez vezes superiores. Devido às regras fiscais, as empresas só podem operar com o câmbio oficial do governo.

Na Venezuela, o papel será levado para Barquisimeto para ser utilizado pelo jornal El Impulso, que é o diário mais antigo do país. O restante seguirá para Caracas para ser usado pelos jornais El Nacional e El Nuevo País, que são os mais afectados pela restrição.

A medida é simbólica e apenas deve dar para 15 dias de circulação dos jornais em causa. O objectivo é também chamar a atenção de outros meios da região para aderirem à iniciativa de cederem parte de seus stocks de papel aos diários venezuelanos.

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) também pediu ao governo para não impor restrições à remessa de papel.