franchisingJá pensou em transformar a sua empresa gráfica num franchising? Pois saiba que cerca de 84% franchisados portugueses estão mais satisfeitos com o seu negócio e mais focados na gestão a tempo inteiro. O prestígio da marca é o factor decisivo na escolha da rede, mas o apoio da marca e a qualidade dos produtos e serviços também pesa nos factores de sucesso do negócio. Os números constam de um estudo do GEMEO/IPAM, encomendado pelo Instituto de Informação em Franchising, com o apoio da Associação Portuguesa de Franchise (APF) que avaliou o perfil e satisfação do franchisado em Portugal.

 


A análise à satisfação do franchisado conclui que os empresários estão satisfeitos (3,66 numa escala de 1 a 5) e que o factor com melhor avaliação de satisfação é o ‘Apoio do franchisador na montagem do negócio’ (3,88). O apoio na gestão do dia-a-dia do estabelecimento foi o ponto com menor classificação, com apenas 3,35.

Os empresários revelam que estão a atingir o retorno do investimento num prazo mais longo do que o previsto (51,7%). Dentro dos timings do plano de negócio estão apenas 33,7% dos inquiridos e 7,8% afirmam ter chegado ao objectivo num prazo mais curto do que o previsto inicialmente. A pesquisa permite fazer comparações com o último estudo feito sobre franchisados no nosso país, realizado em 1999, também por esta entidade.


O grau de satisfação aumentou em relação ao inquérito de 1999, o que pode indicar alguma maturidade das redes no apoio aos seus franchisados, mas também uma evolução dos empresários, mais focados na sua atividade. Há 14 anos apenas 68% dos franchisados referia estar satisfeito com o negócio, actualmente esta percentagem sobe para os 84%.


Marca é decisiva

O mais importante na escolha de uma marca de franchising é, para 67,7% dos investidores, o ‘prestígio da marca’. Seguem-se o ‘conhecimento do sector’, ‘perfil e experiência’, ‘apoios e esclarecimentos aos potenciais franchisados’ e ‘apoio na montagem da loja/negócio’.
Quanto a factores de sucesso do negócio, a marca volta a fazer a diferença, reunindo as das preferências de 48,8% dos inquiridos. Mas também são factores de peso a ‘qualidade dos produtos ou serviços’ (28,5%), o ‘apoio ao franchisador’(21%) e a dedicação ao franchisado (16,7%)


No que diz respeito aos principais problemas, a ‘falta de apoio ao franchisador’ encabeça a lista com 23,7% seguida da ‘falta de clientes’ com 18,7%. Às preocupações dos empresários seguem-se as taxas altas (13,2%) e ainda a má localização das unidades (8,3%).


Sinal da confiança dos franchisados no modelo é que 74,3% voltaria a abrir o mesmo negócio se pudesse voltar atrás. Mas destes, há 19,3% que referem que não voltariam a abrir o mesmo negócio.


Sem sócios e a full time

A maioria dos franchisados está à frente da unidade há menos de 4 anos (50,17%) e 64,3% dizem ser os únicos responsáveis pelo negócio. A dedicação a tempo inteiro à gestão também está num nível elevado (83,9%). Há 14 anos os empresários sem sócios eram em menor número (53%) e também era ligeiramente menor a exclusividade ao negócio (78%). Um factor que revela uma maior maturidade no modelo de gestão dos franchisings, uma vez que a dedicação ao negócio é um factor decisivo no sucesso do negócio.


Os Serviços são o sector mais representado no franchising em Portugal, com cerca de 60% no universo dos negócios, seguidos do Comércio, com 31% e da Restauração com 9%. Estes números revelam a evolução da economia e do sector nos últimos anos, uma vez que no estudo de 1999 esta relação era de 28% para o Comércio e apenas 16% para os Serviços. Estes dois sectores são também os mais referenciados pelos empresários quando questionados sobre os seus segmentos de actividade antes da entrada no mundo franchising.


14 anos depois, as grandes diferenças

Há menos mulheres no franchising. Em 1999 o sexo feminino pesava 49% e apenas 43,5%. Como já dissemos, os empresários também estão mais velhos mas a grande diferença está mesmo no sector de actividade onde os Serviços ganham uma enorme preponderância face aos restantes sectores.
A satisfação geral aumentou, de 68% para 83,5%, bem como as visitas do franchisador, tendencialmente trimestrais há 14 anos e agora com periodicidade mensal.
O prestígio da marca reforça o peso como o factor de escolha do negócio, passando de 40% para 48,8%. A localização da unidade, decisiva quando o sector de negócio fulcral era o comércio, desce de 2º para 6º lugar no ranking dos factores de sucesso.

Quem é o franchisado em Portugal?

São homens (56,5%), têm entre 35 a 54 anos (61,3%) e pertencem às classes sociais A/B (87,5%). Mais de metade são licenciados (50,5%) e desenvolvem os seus negócios maioritariamente na região sul do país (52,5%). Há 14 anos, 72% dos inquiridos estavam na faixa etária dos 25 aos 44 anos, o que pode significar uma continuidade no negócio.