portucel-fabrica-setubalA Portucel Soporcel atingiu um volume de negócios de cerca de € 1,5 mil milhões, crescendo 7,4% face ao ano anterior. Este aumento resulta do crescimento das vendas de papel fino de impressão e escrita não revestido (papel UWF), possibilitado pelo aumento de produção proveniente da nova fábrica de papel, e pelo crescimento da produção de energia.
A nova fábrica de UWF de Setúbal atingiu, no final de 2011, 97% da sua capacidade nominal, produzindo cerca de 485 mil toneladas de papel. Este acréscimo de produção permitiu ao Grupo registar um aumento de 7% na quantidade de papel colocada no mercado, o que, conjugado com a subida do preço de papel verificada durante o ano, se traduziu num incremento global das vendas de papel de mais de 9%.
Não obstante se ter verificado um aumento no volume produzido de pasta BEKP, o Grupo registou um decréscimo nas vendas em relação ao ano anterior, devido à maior integração de pasta BEKP na nova fábrica de papel UWF de Setúbal. Isso, aliado à forte descida do preço que se fez sentir no período em análise, traduziu-se numa diminuição de cerca de 16% no valor das vendas de pasta de BEKP para mercado. Na área da energia, o Grupo atingiu uma produção global de cerca de 1,9 TWh em 2011. Este segmento registou um crescimento de mais de 20% face ao ano anterior.
Os custos tiveram uma evolução desfavorável em relação ao ano de 2010, devido ao aumento verificado no preço médio do mix de madeira e nos produtos químicos, especialmente ao longo do primeiro semestre. Verificou-se também um aumento em alguns custos fixos de produção, designadamente nas despesas de manutenção e nas despesas com pessoal. A evolução dos custos com manutenção foi condicionada pelas especializações de paragens feitas em 2011 e 2010. O aumento verificado nas despesas com pessoal deveu-se essencialmente ao agravamento do custo com o fundo de pensões e a custos associados ao redimensionamento do quadro com pessoal.
Neste cenário, o EBITDA consolidado foi de € 385,1 milhões, o que representa uma redução de 3,8% face a 2010, e se traduz numa margem EBITDA / Vendas de 25,9%, inferior em 3,0 pontos percentuais à registada no ano anterior, reflectindo os agravamentos de custos mencionados.
Os resultados operacionais tiveram um decréscimo de 4,2%, parcialmente devido ao facto de os resultados de 2010 terem sido positivamente afectados pela reversão de provisões ocorridas nesse ano.
Os resultados financeiros foram negativos em € 16,3 milhões, comparando favoravelmente com um valor também negativo de € 20,1 milhões em 2010. Esta evolução é essencialmente explicada pela redução da dívida líquida remunerada face ao período homólogo e pela melhoria das condições de
remuneração das aplicações dos excedentes de tesouraria. Assim, o resultado líquido consolidado do período foi de € 196,3 milhões, o que representa um decréscimo da de 6,8% em relação ao ano anterior.