Taro Aoki da Fujifilm Tiago Yu e Floriano Costa da Floricolor
 
A Floricolor, localizada em Matosinhos, vai receber a primeira Fujifilm Jet Press 750S da Europa. A empresa, que se dedica ao segmento Business-2-Business na produção de álbuns fotográficos, vai aumentar a capacidade produtiva, oferecer novos produtos e reduzir a pegada ambiental.

 “Este equipamento consegue imprimir, em duas horas, o mesmo que os outros cinco equipamentos que nós temos conseguem produzir em oito horas. Nós vamos aumentar drasticamente a capacidade de impressão, mas não se trata só disso. No mercado em que nós trabalhamos, o de álbuns digitais, vamos poder oferecer outras soluções de papéis, porque apesar de termos uma Indigo, a 7900, quase que só oferecíamos a impressão em papel fotográfico”, explica Tiago Yu, CEO da Floricolor.

A instalação da máquina vai decorrer na primeira semana de janeiro de 2019, e deve demorar cerca de um mês até entrar em modo de produção. O novo equipamento amplia o parque de máquinas e vai abrir novas possibilidades e mercados como os do livro e catálogo de alta qualidade. “Esta máquina tem uma qualidade que é igual ou supera a da impressão em papel fotográfico, com a tecnologia de cabeças que tem. Não há transferência e o resultado final é surpreendente. Quem está habituado ao offset fica sempre impressionado”, garante Tiago Yu.

A máquina produz uma folha por segundo, ou seja, 3600 folhas / hora, um volume interessante para uma empresa que está presente em mercados tão diversos como a Europa, Estados Unidos e Canadá, e trabalha essencialmente com os fotógrafos profissionais.
 
Floricolor
 
“Queremos continuar no B2B, mas trabalhar também com agências e empresas que possam necessitar, por exemplo, de um catálogo de luxo com uma elevada qualidade de impressão e acabamento. Atualmente trabalhamos livros que são peças únicas – como os álbuns de casamento – mas trabalhar num mercado em que nos pedem 20, 30, 100 ou 500 livros é, para nós, muito interessante”, comenta o CEO da Floricolor.
 
 
A proteção está na ordem do dia em Portugal, mas é um assunto há muito tratado noutras geografias. Algo a que as empresas com uma forte componente exportadora não são alheias. “A impressão de um álbum fotográfico consome quase um litro de química e, com esta tecnologia a nossa empresa terá uma menor pegada ecológica. Em termos de vendas, sabemos que isso também é muito importante. Há mercados em que as pessoas estão muito sensíveis a estes assuntos. Nós exportamos 95% da nossa produção e acho que cá também estamos cada vez mais atentos a todas as questões relacionadas com a proteção do ambiente”, afirma Tiago Yu.
 
JetPress 750S
 
Helder Nogueira, da Fujifilm, explica que a grande diferença da Jet Press 750S, em relação à 720S, assenta na melhoria da velocidade, que passou dos 2700 para 3600 planos / hora. Há uma alteração no formato, que passa dos 532 para 585 cm de largura, mas isso acaba por ter mais impacto no mercado dos Estados Unidos devido ao formato do letterpress, permitindo a impressão de três páginas quando antes só permitia fazer duas.

“Podemos assentar as diferenças na máquina na questão da velocidade, e mecanicamente, se houver algum problema, o papel circula sempre, enquanto que a anterior parava. Além disso, paralelamente ao lançamento da máquina, foram lançadas tintas digitais de baixa migração, o que é muito interessante para a área alimentar”, comenta Helder.
 
 
Recorde a notícia de lançamento da Jet Press 750 S e conheça as especificações da máquina.